Cólicas menstruais: conheça nove substâncias e práticas naturais para aliviá-las

Muitas mulheres, ao longo da vida, sofrem com as cólicas menstruais, mas para 10% delas, as dores são bem mais intensas. Esse quadro é chamado pelos médicos de dismenorreia. As cólicas são resultado natural do ciclo menstrual; a dor é causada quando o útero se contrai para facilitar a expulsão do revestimento do útero. O problema é que na dismenorreia estas dores são muito intensas! Para aliviar as dores, normalmente os médicos prescrevem analgésicos, mas existem muitos remédios naturais que demonstraram reduzir este sintoma. Veja quais são:
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Muitas mulheres, ao longo da vida, sofrem com as cólicas menstruais, mas para 10% delas, as dores são bem mais intensas. Esse quadro é chamado pelos médicos de dismenorreia.

As cólicas são resultado natural do ciclo menstrual; a dor é causada quando o útero se contrai para facilitar a expulsão do revestimento do útero. O problema é que na dismenorreia estas dores são muito intensas!

Para mulheres que sofrem com isso, a dor é tão forte que chega a atrapalhar e até mesmo evitar que elas façam as tarefas do dia a dia como trabalhar, estudar, arrumar a casa ou até sair para se divertir.

Os sintomas da dismenorreia geralmente começam alguns dias antes do início do ciclo menstrual e continuam por vários dias durante este período.

Uma das causas dessas dores intensas é o nível de prostaglandinas: segundo os médicos, mulheres com níveis elevados desses mensageiros químicos (semelhantes a hormônios) podem sentir cólicas e dores mais intensas.

Mulheres mais jovens e adolescentes tendem a ter níveis mais altos, e é por isso que elas podem sentir dores mais intensas do que as mulheres na faixa dos 30, 40 ou 50 anos.

Para aliviar as dores, normalmente os médicos prescrevem analgésicos, mas existem muitos remédios naturais que demonstraram reduzir este sintoma.

Veja quais são:

Nove maneiras naturais de controlar a dismenorreia

1 – Cálcio

Pesquisas da Universidade de Ciências Médicas de Tabriz, concluíram que 1.000 miligramas de cálcio por dia são suficientes para reduzir a intensidade das cólicas menstruais e também os sintomas comuns neste período como fadiga, mau humor e inchaço.

Em um pequeno estudo duplo-cego randomizado, as participantes que receberam 1.000 miligramas de cálcio durante três ciclos menstruais completos, relataram uma diminuição significativa nos níveis de dor.

2 – Vitamina D

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Uma dose semanal de 50.000 UI de vitamina D oral diminui significativamente a gravidade da dor para aqueles com dismenorreia primária.

O ensaio clínico randomizado duplo-cego controlado por placebo, descobriu que mulheres com dismenorreia que receberam a dose de vitamina D citada acima por oito semanas, tiveram menos dor. Além disso, mesmo um mês após o término do tratamento, os níveis de dor foram menores do que antes do tratamento.

As conclusões foram de um estudo do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital da Mulher de Teerã, no Irã.

Além de suplementos, você pode aumentar a ingestão de vitamina D, passando cerca de 10 a 20 minutos por dia ao sol.

3 – Vitamina E

Esta vitamina lipossolúvel é bem conhecida pelo seu poder de equilibrar o colesterol, promover a saúde da pele e do cabelo, melhorar a visão e até mesmo equilibrar os hormônios.

Agora, uma pesquisa revelou que a ingestão de 500 UI de vitamina E dois dias antes do início do período menstrual, e após três dias após o início, pode reduzir as cólicas menstruais.

Neste estudo, controlado por placebo, metade das participantes com dismenorreia primária, recebeu placebo e a outra metade recebeu vitamina E por dois ciclos menstruais consecutivos. O grupo que recebeu a vitamina E experimentou maiores efeitos e alívio.

Este estudo foi feito pelo Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Ciências Médicas de Tarbiat, no Irã.

Mas atenção! A suplementação de vitamina E não é apropriada para todas as mulheres. Se você estiver tomando anticoagulantes, tiver doença cardíaca, diabetes ou câncer de cabeça e pescoço, deve evitar altas doses de vitamina E. Em vez disso, aumente os níveis desta vitamina incluindo em sua dieta alimentos ricos em vitamina E como amêndoas, espinafre, batata doce e abacate.

4 – Vitaminas B

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A vitamina B1 mostra-se promissora na redução da dor em mulheres com dismenorreia primária.

Em um estudo controlado feito no Hospital da Mulher, na Nova Zelândia, os pesquisadores descobriram que as mulheres que receberam 100 miligramas de vitamina B1 diariamente tiveram menos dor do que as mulheres que receberam placebo.

De acordo com o Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, a vitamina B6 pode ajudar  a amenizar os sintomas comuns da TPM, incluindo mau humor, inchaço e ansiedade. A quantidade ideal de vitamina B6 para mulheres com idades entre 19 e 50 anos é de 1,3 miligramas por dia.

E mais: embora a deficiência de vitamina B6 seja rara, ela pode causar um agravamento dos sintomas da TPM, depressão, ansiedade, irritabilidade e dores musculares.

Para melhorar o bem-estar geral e ajudar a aliviar uma ampla gama de sintomas durante o período menstrual, experimente tomar um suplemento de vitamina B de alta qualidade.

5 – Ômega 3

Conhecido por melhorar a saúde do coração, do cérebro, reduzir a inflamações entre outros benefícios, um estudo concluiu que 1 a 2 gramas de ácidos graxos ômega 3 por dia pode ajudar a reduzir cólicas e outros sintomas da TPM.

Os estudos são da Universidade de Quebec, no Canadá e do Departamento de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco.

Como nossos corpos não produzem ácidos graxos ômega 3, então temos que obtê-los através de bons suplementos ou de alimentos como peixes gordos de mares gelados como anchova, salmão, atum, sardinha e arenque (selvagens), linhaça, nozes, brócolis, espinafre, entre outros.

Se optar por suplementos, tenha a certeza de que o óleo de peixe seja livre de metais tóxicos, certo?

E mais: ao escolher um suplemento, busque por uma empresa idônea, responsável e transparente e atente-se sempre ao rótulo!

O ideal é optar por produtos com alta concentração de EPA e DHA que possam suprir o mínimo da concentração diária recomendada para sua saúde.

6 – Ioga e Meditação

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A Ioga e a meditação são práticas conhecida por reduzir o estresse e a ansiedade e melhorar o equilíbrio e a coordenação.

Agora uma pesquisa mostrou que estas atividades podem aliviar a dor associada ao ciclo menstrual.

Esta foi a conclusão de um estudo do Centro de Ciências Médicas da Índia que reuniu 113 estudantes de medicina diagnosticadas com dismenorreia.

Aquelas que completaram um programa de três meses praticando ioga por 40 minutos e meditação por 10 minutos, todos os dias, tiveram uma diminuição significativa na dor.

7 – Acupuntura

Usada para tratar várias doenças, incluindo dores de cabeça, alergias, transtornos de humor e dores crônicas, uma pesquisa descobriu mais um benefício desta prática: melhora da dor em pacientes com dismenorreia.

Esta foi a conclusão de um estudo do Hospital de Medicina Chinesa Tradicional, em Pequim,  e publicado na revista BMC Complementar e Medicina Alternativa.

Durante a pesquisa, 60 mulheres receberam o tratamento com a acupuntura em pontos do baço e todas relataram uma diminuição significativa na dor.

8 – Exercícios na água 

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Um estudo feito com mulheres jovens com dismenorreia primária, descobriu que a gravidade e a duração da dor diminuíram significativamente após 12 semanas de exercícios aquáticos.

Os pesquisadores do Departamento de Educação Física e Esportes de Isfahan, no Irã, não especificaram os exercícios realizados, mas a natação e a hidroginástica foram benéficas na redução da dor.

9 – Óleo de mamona

De acordo com a Universidade de Maryland Medical Center, o óleo de mamona pode aliviar a dor associada com cólicas menstruais.

Aplique o óleo diretamente na pele e depois cubra o local com um pano. Em seguida, coloque uma bolsa térmica quente e descanse por uma hora.

Você também pode adicionar o seu óleo essencial favorito ao óleo de mamona antes de aplicar na pele.

O óleo essencial de lavanda é uma ótima escolha, pois é conhecido por melhorar o humor, aliviar o estresse, melhorar o sono e aliviar a dor.

Referências:
Zarei, S., Mohammad-Alizadeh-Charandabi, S., Mirghafourvand, M., Javadzadeh, Y., &Effati-Daryani, F. (2016). EffectsofCalcium-Vitamin D andCalcium-AloneonPainIntensityand Menstrual BloodLoss in WomenwithPrimaryDysmenorrhea: A RandomizedControlledTrial. Pain Medicine, 18(1), 3–13.
Moini, A., Ebrahimi, T., Shirzad, N., Hosseini, R., Radfar, M., Bandarian, F., … Hemmatabadi, M. (2016). The effectofvitamin D onprimarydysmenorrheawithvitamin D deficiency: a randomizeddouble-blindcontrolledclinicaltrial. GynecologicalEndocrinology, 32(6), 502–505.
Ziaei, S., Faghihzadeh, S., Sohrabvand, F., Lamyian, M., &Emamgholy, T. (2001). A randomised placebo-controlledtrialto determine theeffectofvitamin E in treatmentofprimarydysmenorrhoea. BJOG: AnInternationalJournalofObstetricsandGynaecology, 108(11), 1181–1183.
Proctor, M., & Murphy, P. A. (2001). Herbal anddietarytherapies for primaryandsecondarydysmenorrhoea. Cochrane DatabaseofSystematic Reviews.
Usha Nag et al. MEDITATION AND YOGA AS ALTERNATIVEN THERAPY FOR PRIMARY DYSMENORRHEAInt J MedPharmSci, March 2013 / Vol 03 (07).
Shi, G.-X., Li, Q.-Q., Liu, C.-Z., Zhu, J., Wang, L.-P., Wang, J., … Wu, M.-M. (2014). EffectofacupunctureonDeqitraitsandpainintensity in primarydysmenorrhea: analysisof data from a largerrandomizedcontrolledtrial. BMC ComplementaryandAlternative Medicine, 14(1).
S RezvaniFarzanehTaghianMahboubehValiani (2013). The effectofaquaticexercisesonprimarydysmenorrhoea in nonathlete girls. Iran J NursMidwifery Res.18(5): 378–383.

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