A importância da alimentação e do Ômega 3 no tratamento da endometriose

Você sabia que a alimentação rica em ômega 3, magnésio, vitaminas do complexo B e fibras pode ajudar a minimizar os sintomas da endometriose? Endometriose é uma patologia ginecológica que atinge cerca de 10% das mulheres no período reprodutivo e até 3% a 5% após a menopausa, sendo definida pelo aparecimento de células que envolvem a região do útero (endométrio) em locais fora da cavidade uterina.
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Você sabia que a alimentação rica em ômega 3, magnésio, vitaminas do complexo B e fibras pode ajudar a minimizar os sintomas da endometriose?

Endometriose é uma patologia ginecológica que atinge cerca de 10% das mulheres no período reprodutivo e até 3% a 5% após a menopausa, sendo definida pelo aparecimento de células que envolvem a região do útero (endométrio) em locais fora da cavidade uterina.

São muitos os questionamentos que envolvem a endometriose, as mulheres que sofrem desse mal devem ficar atentas e buscar constantemente informações confiáveis para inserir melhores hábitos em suas vidas e minimizar a doença.

Caso não seja tratada corretamente, a endometriose pode causar diversos danos à saúde da mulher, podendo até comprometer, em casos mais severos, a viabilidade de uma gestação.

A boa notícia acerca deste tema é que algumas pesquisas já indicam que a alimentação saudável da mulher pode influenciar na prevenção e no tratamento dos sintomas da endometriose, assim como uma dieta pouco saudável também pode interferir negativamente neste quadro.

Em 2010 foi publicado um estudo da Harvard Medical School – Human Reproduction, onde os pesquisadores descobriram que mulheres que incluem ômega 3 em sua alimentação têm menos chance de desenvolver endometriose do que as que ingerem alimentos ricos em gordura trans.

O ômega 3 é encontrado especialmente em peixes marinhos de águas frias, como o arenque, sardinha, anchova, atum e o salmão selvagen. Nosso corpo não consegue produzir esses ácidos graxos essenciais, mas precisamos deles, uma vez que eles são responsáveis por criar uma camada lipídica em volta das células, contribuindo para o melhor funcionamento de todas as suas funções, incluindo efeitos anti-inflamatórios.

Antes disso, um trabalho desenvolvido por Yap, Furness e Farquhar em 2004 verificou que vitaminas do Complexo B, Magnésio e a suplementação de ômega 3 têm a capacidade de potencializar a função anti-inflamatória em pacientes com endometriose, ou seja, proporcionar uma melhora dos sintomas da doença, já que mulheres que possuem esta doença apresentam inflamação nos locais onde há tecido do endométrio fora da cavidade uterina.

Listamos abaixo alguns alimentos que são fonte de Magnésio, ômega 3 e vitaminas do complexo B:

– Magnésio (mineral): Vegetais de folhas verdes escuras como agrião, rúcula, espinafre, escarola, chicória, almeirão, brócolis, couve de Bruxelas, couve manteiga; alimentos integrais (gérmen de trigo, arroz, aveia, centeio, cevada, milho, quinoa, amaranto); sementes de girassol, castanhas e tofu.

– Ômega 3 (gordura poli-insaturada): óleo de linhaça, linhaça, peixes, em especial: sardinha, arenque, salmão, anchova, cavala, atum, truta; vegetais de folhas verdes escuras (agrião, hortelã, brócolis cru, couve manteiga crua); soja, milho, aveia, abacate, algas marinhas e semente de chia.

– Vitaminas do complexo B (vitaminas): alimentos integrais e vegetais de folhas verdes escuras (como os que foram citados nas fontes de magnésio), carnes, peixes, queijo e ricota, feijões, cogumelos, algas marinhas, gema de ovo, sementes de girassol e geleia real.

Há ainda a possibilidade de fazer a suplementação desses nutrientes através de cápsulas, porém, é extremamente importante que você escolha empresas sérias, que garantam que estes produtos tenham uma boa procedência e que sejam livres de metais tóxicos e contaminantes.

Uma alimentação rica em vegetais e com baixo consumo de proteínas animais pode ajudar na diminuição do excesso de gordura corporal e minimizar a produção de estrogênio, que é o hormônio responsável pelos principais sintomas da endometriose.

Dessa forma, é necessário que a mulher seja orientada a fazer uma dieta prescrita por um nutricionista, para que possa regular o consumo de nutrientes necessários para a diminuição da inflamação causada pela endometriose.

Outra informação importante a saber é que a ingestão de ácidos graxos ômega 6 em excesso e o desequilíbrio com os ácidos graxos ômega 3 pode aumentar a inflamação e acentuar as dores das pacientes de endometriose.  Há uma proporção ideal entre esses ômegas para a manutenção da saúde, ela varia de acordo com alguns autores, mas para termos uma ideia, a Food and Agriculture Organization (FAO) estabelece uma recomendação de 5-10:1

É preciso haver um consumo regulado entre ômega 3 e ômega 6, se você tem dúvidas quanto a isso, vá a um nutricionista para que ele possa indicar uma dieta para que você atinja este equilíbrio entre as gorduras ômega.

Além do magnésio, ômega 3 e das vitaminas do complexo B, as fibras também são importantes e devem ser inseridas na alimentação das mulheres, seja para prevenir como para tratar a endometriose. Isso porque as fibras ajudam a eliminação do hormônio estrogênio, diminuindo os sintomas da doença.

Para o consumo de fibras, opte por grãos e cereais integrais, frutas e verduras, principalmente quando consumidos crus.

Com todo esse conhecimento disponível, as portadoras de endometriose podem seguir um tratamento baseado numa dieta especial indicada por um nutricionista, uma vez que a nutrição ajuda na redução da inflamação e, por consequência, melhora a qualidade de vida destas mulheres.

Junto a uma dieta equilibrada, é importante que haja o acompanhamento médico para a endometriose, unindo esforços para contê-la.

Esperamos que este artigo tenha ajudado você que sofre com a endometriose ou que procura saber mais sobre este assunto.

Compartilhe este post e ajude outras mulheres que buscam uma vida mais saudável e que estão a procura de formas de minimizar seus sintomas.

O que achou das nossas dicas Vitais? Tem muito mais aqui no Eu Bem Melhor!

Referências:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032014001000433
http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD003678.pub2/full

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