5 dicas para reaprender a relaxar e preservar a saúde

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Fonte: mdemulher.abril.com.br

Quase 63% das mulheres têm uma agenda atribulada e raramente reservam tempo para relaxar, segundo pesquisa exclusiva feita pela WOMEN’S HEALTH americana em parceria com o programa de entrevistas The Doctors, vencedor do Emmy, e divulgada em outubro. O estudo também mostrou que as mulheres dedicam menos tempo ao descanso do que os homens e que 55% delas sentem-se culpadas quando tiram tempo para relaxar. Alegam que são mais felizes sentindo-se produtivas do que fazendo nada.

Essa insistência em se manter sempre ativa pode ter um custo alto: vira hábito e se desaprende a relaxar, o que tem impacto negativo na saúde. O principal efeito colateral da agitação é o acúmulo de cortisol, o hormônio do estresse. A superexposição a ele aumenta o risco de insônia, distúrbios cardíacos, ansiedade, depressão, gastrite e síndrome do intestino irritável, reduz a resistência a infecções, derruba o desejo sexual e facilita o acúmulo de gordura, em especial os odiosos pneuzinhos ao redor da cintura. É um estrago generalizado. Como se não bastasse, a mulher torna-se mais vulnerável a compulsões como abuso de álcool, drogas e comida, alerta a psicóloga Amanda Skowron, do Casey Health Institute, em Gaithersburg, nos Estados Unidos. E lá se vai a qualidade de vida.

Mas nem tudo está perdido: as pessoas podem reaprender a relaxar. As cinco dicas abaixo vão ajudar.

1. Admita

O primeiro passo é reconhecer que você anda tensa e isso pode detonar a sua saúde. Pior ainda se a inquietação se somar à agressividade. “O risco de ter uma doença do coração sobe às alturas”, adverte o psiquiatra Cyro Masci, de São Paulo. “É preciso pisar no freio.” Ao perceber que está inquieta, pare, espreguice e respire profundamente. Às vezes, o que a deixou nervosa foi uma discussão no trânsito há uma hora e você continua ansiosa por algo que já passou.

2. Conte as respirações

Quando estamos agitadas, nossa respiração é curta, acelerada e torácica. Coloque a mão sobre o umbigo e respire fundo, sentindo o ar preencher seu diafragma. “É um modo de oxigenar o cérebro e avisá-lo de que você não está correndo perigo”, esclarece o psiquiatra. “A respiração traz o senso de que você está no controle, o que reduz a ansiedade.” Para ser mais eficaz, a exalação deve durar o dobro de tempo da inalação. Repita dez vezes.

3. Quebre seus hábitos

Em vez de ficar checando e-mails, torpedos e posts toda hora, estabeleça horários. Após as 20 horas, deixe o celular em modo avião. “Isso evita que a luz e os alertas de mensagens perturbem seu sono – mas o despertador continua a funcionar”, explica o psiquiatra José Hamilton Vargas, que escreve sobre cérebro, saúde mental e comportamento. Reduza o consumo de café para duas xícaras no máximo, de manhã e após o almoço. A bebida é rica em cafeína, que tende a acelerar seu ritmo.

4. Prepare-se para dormir

Evite a síndrome do “só mais…” uma coisa que faltou, uma olhada nas redes sociais, um último zapping pelos canais de TV… Assim você vai comprimindo atividades nas 24 horas do dia e adiando o momento de deitar, alerta a oncologista Kathy Helzlsouer. Programe um tempo para relaxar: tome um banho morno, ouça música suave, leia um livro light ou uma revista sobre viagens, veja uma comédia na TV. Manter um ritual de sono ajuda a se desligar.

5. Faça pausas preventivas

Descubra seu tempo ótimo de concentração (em torno de 20 minutos, 30 minutos, uma hora?) e o intercale com períodos de recuperação em que você para, levanta, bebe água ou fecha os olhos, respira fundo e se imagina num lugar agradável, fazendo algo prazeroso. Segundo Masci, em vez de quebrar seu pique, essa breve parada permite que você volte ao trabalho mais energizada e tenha um desempenho melhor.

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