A prensagem a frio, método de extração que faz parte da nossa história desde 1998, é vital na nossa existência e fazemos questão de explicar o que isso tem a ver com a qualidade do óleo que você leva para casa.
Pureza.
Se alguém perguntasse o que é essencial na qualidade dos óleos vegetais encapsulados ou em qualquer produto que esteja relacionado à saúde e à vida, essa seria a melhor definição: a sua pureza.
Conservar as propriedades de cada matéria prima, garantindo extrair o que ela tem de melhor, e conseguir oferecer isso às pessoas é nossa forma de promover saúde com integridade, respeito, inovação e responsabilidade.
É preciso comprometimento com esses valores em todas as etapas da produção dos óleos e, portanto, a maneira como isso é feito é o que garante a excelência no resultado do que entregamos.
Em nosso dia a dia, sabemos que o modo de preparo da maioria dos alimentos interfere diretamente na qualidade das propriedades que vamos ingerir e absorver a partir deles.
Com os óleos vegetais também funciona assim e é a prensagem a frio que vai garantir o melhor de cada um deles.
Afinal, o que é prensagem a frio?
É o método que o óleo é extraído de matérias-primas, como: linhaça, gergelim, macadâmia, semente de abóbora, girassol, amêndoas e outras. Os óleos, nesse método, são obtidos exclusivamente por extração mecânica, sem aplicação de calor.(1)
Como a prensagem a frio funciona?
O processo de prensagem é um dos mais antigos quando falamos de extração de óleos e gorduras. Relatos históricos apontam que a prensagem era feita com moinhos de pedras movidos por tração animal no norte da África há milênios. (2)
Atualmente, com a modernização das técnicas, o procedimento pode ser feito com alta tecnologia e dividido em etapas que exigem um acompanhamento especializado e minucioso a fim de garantir um produto final de altíssima qualidade.(2)
Sobre o passo a passo da prensagem a frio, primeiramente, é importante que as sementes ou nozes (matérias-primas) sejam selecionadas e certificadas de que terão um bom rendimento. Após isso, elas são colocadas na máquina de extração para serem prensadas por uma rosca infinita, que as tritura ao máximo para extrair o óleo gota a gota e, também, as tortas, que são as partes sólidas, como se fossem o bagaço delas.(3)
Esse método é chamado de extração / prensagem a frio porque sua temperatura não pode ultrapassar os 50ºC e isso deve ser monitorado durante todo o processo, continuamente, pois é um detalhe primordial para a preservação das propriedades naturais da matéria-prima. (4)
Após a prensagem, o óleo é filtrado e, então, vamos para a etapa que chamamos de decantação, em que o óleo é separado da manteiga.(4) Esse procedimento pode durar até 15 dias.
É importante destacar que,durante todo o processo, desde a escolha das sementes até o encapsulamento dos óleos, não existe a presença de nenhum aditivo químico.
Por que a prensagem a frio é tão importante e vital para a qualidade dos óleos?
Explicando de uma maneira mais didática e menos técnica, se tentarmos visualizar cada etapa da prensagem a frio que citamos acima, é possível compreender que é como se espremêssemos a semente ou noz (matéria-prima) sem alterar a sua temperatura, extraindo tudo o que há de melhor ali, todas as suas propriedades, preservando ao máximo a sua natureza, sem adição de outras substâncias que interfiram na pureza deste óleo.
Altas temperaturas, reaproveitamento de matéria-prima ou adição de qualquer outro tipo de ingrediente neste processo comprometem a qualidade do produto, afetando as propriedades terapêuticas e funcionais e, por isso, não devem ser admitidas.
Os principais componentes dos óleos e das gorduras são os triacilgliceróis, moléculas formadas a partir do glicerol e de ácidos graxos, que podem ser saturados ou insaturados. A maior parte dos ácidos graxos insaturados presente nos alimentos são encontrados naturalmente na forma cis. Quando óleos vegetais são submetidos ao processo de hidrogenação, ocorre a reação de isomerização, formando-se os ácidos graxos trans, a famosa gordura trans. A ingestão de ácidos graxos trans, encontrados em frituras e alimentos processados, por exemplo, deve ser evitada, sendo essa uma medida preventiva contra doenças.(5,6,7)
Como podemos perceber, as características e propriedades do óleo são muito influenciadas pelo processo que é utilizado na sua extração.A prensagem a frio torna-se a opção mais sustentável, que preserva os compostos bioativos e a integridade da matéria-prima, além de oferecer um produto 100% puro. (8)
Preservar a bioatividade dos ingredientes é obter o melhor que podemos, potencializando os benefícios deste óleo para a nossa saúde, tais como: atividade antioxidante, estimulação do sistema imune, redução da pressão sanguínea, atividade antibacteriana e outros. (9)
Alguns exemplos de compostos bioativos são: carotenoides, flavonoides, fitoestrogênios, aliáceas, licopeno, glucosinolatos, fenóis, saponinas, filatos e outros.(9, 10)
Por tudo isso que falamos, há décadas,a prensagem a frio é a técnica que adotamos na nossa produção, tornando a Vital uma empresa pioneira neste tipo de fabricação de óleos vegetais.
Por que não encontramos produtos prensados a frio na maior parte dos lugares?
Devido a pureza do óleo ser um fator essencial na prensagem a frio, esse tipo de extração não “rende” muito, fazendo-se necessário mais matéria-prima e, portanto, deixando de ser uma opção muito atraente para grandes fabricantes de óleos bioativos,já que isso pode fazer com que os custos operacionais aumentem.
Para você ter uma ideia sobre o rendimento, para produzir 1 litro de óleo de linhaça prensado a frio, por exemplo, são necessários, em média, 3,3kg de sementes. Além disso, como citamos quando explicamos todas as etapas deste método, ele não é tão rápido e pode demorar dias para ser, de fato, finalizado.
Sendo assim, produtos feitos a partir da prensagem a frio são para quem valoriza a saúde em todos os detalhes!
Se pureza, integridade e propriedades funcionais de um produto são fatores vitais para você, os óleos feitos a partir da prensagem a frio são a escolha certa para a sua saúde e qualidade de vida!
FONTES:
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Processo regulatório de óleos vegetais, gorduras vegetais, e creme vegetal. ANVISA, 2020. Disponível em <http://portal.anvisa.gov.br/documents/33880/5843316/Apresenta%C3%A7%C3%A3o+di%C3%A1logo+setorial+26_03.pdf/ce7a380e-fecc-4256-b414-896410756076>. Acesso em 29 jun. 2020.
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RAMALHO, Hugo F.; SUAREZ, Paulo A. Z. A Química dos Óleos e Gorduras e seus Processos de Extração e Refino. Revista Virtual de Química, 2012. Disponível em <http://rvq-sub.sbq.org.br/index.php/rvq/article/view/360/279>. Acesso em 29 jun. 2020.
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ANTONIASSI, Rosemar. Prensagem em pequena escala. Agência Embrapa de Informação Tecnológica. Disponível em <http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/tecnologia_de_alimentos/arvore/CONT000gc8yujq302wx5ok01dx9lcudlguwx.html>. Acesso em 29 jun. 2020.
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JÚNIOR, Edésio Rodrigues Alvarenga. Métodos de extração do extrato e obtenção do óleo de linhaça. Belo Horizonte, 2011. Disponível em <http://respostatecnica.org.br/dossie-tecnico/downloadsDT/NTY1Mw==>. Acesso em 29 jun. 2020.
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MERÇON, Fábio. O que é uma Gordura Trans. Química Nova Escola, vol. 32, nº 2, 2010. Disponível em <https://sistemas.eel.usp.br/docentes/arquivos/427823/LOT2007/gorduratrans.pdf>. Acesso em 29 jul. 2020.
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CHIARA, Vera Lucia et al. Ácidos graxos trans: doenças cardiovasculares e saúde materno-infantil. Rev. Nutr., vol.15, no.3. Campinas, 2002. Disponível em <https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732002000300010>. Acesso em 29 jul. 2020.
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COSTA, André Gustavo Vasconcelos; BRESSAN, Josefina; SEBARENSE, Céphora Maria. Ácidos Graxos Trans: Alimentos e Efeitos na Saúde.ALAN, v.56, n.1. Caracas, 2006. Disponível em <http://ve.scielo.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-06222006000100003>. Acesso em 29 jul. 2020.
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KRUMREICH, Fernanda Döring. Obtenção de óleo de abacate por diferentes processos: avaliação da qualidade, perfil de biocompostos e incorporação em fibras ultrafinas de zeína. Universidade Federal de Pelotas, 2018. Disponível em <http://guaiaca.ufpel.edu.br/bitstream/prefix/4313/1/Tese%20final.pdf>. Acesso em 16 jul. 2020.
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CARNAUBA, Renata Alves. Ação dos compostos bioativos dos alimentos no envelhecimento e longevidade. RevBrasNutrFunc; 45(80), 2019. Disponível em <https://www.vponline.com.br/portal/noticia/pdf/9e7403fa818b7b612e1101fa418063e9.pdf>. Acesso em 16 jul. 2020.