O que são Ácidos Graxos essenciais e por que eles são tão importantes?

Durante décadas, os alimentos com gordura sofreram com má reputação pois todos achavam que eles só faziam mal ao organismo. No entanto, a gordura dietética e os ácidos graxos essenciais são dois componentes muito importantes para a saúde. Os ácidos graxos desempenham um papel em quase todos os aspectos da saúde, até mesmo nas células que compõem o corpo. Existem certos tipos de ácidos graxos que devem ser incorporados à dieta pois eles não são produzidos pelo corpo.
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Conheça os Ácidos Graxos essenciais e por que eles são tão importantes

Durante décadas, os alimentos com gordura sofreram com má reputação pois todos achavam que eles só faziam mal ao organismo.

No entanto, a gordura dietética e os ácidos graxos essenciais são dois componentes muito importantes para a saúde. Os ácidos graxos desempenham um papel em quase todos os aspectos da saúde, até mesmo nas células que compõem o corpo.

Existem certos tipos de ácidos graxos que devem ser incorporados à dieta pois eles não são produzidos pelo corpo! Eles são conhecidos como ácidos graxos essenciais e obter o suficiente dessa substância saudável é crucial para manter a saúde.

O que são ácidos graxos essenciais?

Provavelmente você já ouviu falar bastante sobre ácidos graxos saturados e ácidos graxos insaturados, assim como sobre seus efeitos na saúde. Mas o que são exatamente os ácidos graxos e por que precisamos deles?

Existem muitos tipos de ácidos graxos, todos variando pelo número de átomos de carbono e ligações de hidrogênio que eles contêm.

O corpo precisa desses tipos diferentes de ácidos graxos, pois eles fornecem energia, formam as membranas celulares, ajudam a absorver certas vitaminas e minerais e até produzem hormônios importantes.

O corpo é capaz de produzir a maioria dos ácidos graxos. No entanto, existem dois tipos de ácidos graxos que o organismo é incapaz de sintetizar: ácido linoleico (ácido graxo ômega-6) e ácido alfa-linolênico (ácido graxo ômega-3).

O ácido alfa-linolênico é convertido no organismo em formas ativas de ácidos graxos ômega-3: ácido eicosapentaenoico (EPA) e o ácido docosahexaenóico (DHA).

O ácido linoleico e o ácido alfa-linolênico são considerados ácidos graxos essenciais porque é preciso obtê-los através da dieta, já que o corpo não pode produzi-los.

Por que precisamos de ácidos graxos essenciais?

Os ácidos graxos essenciais afetam muitos aspectos da saúde. Entre suas funções estão: melhora da imunidade, humor e saúde cerebral, além de diminuição das inflamações.

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Pesquisas feitas no Canadá mostraram que aumentar a ingestão de ácidos graxos essenciais pode melhorar o desempenho mental e físico, ajudar a tratar algumas doenças, promover a saúde mental e melhorar a composição corporal.

E quais os sinais da deficiência de ácidos graxos?

Pessoas com baixos níveis de ácidos graxos no organismo podem ter sintomas como: pele seca, caspa, pele escamosa, unhas quebradiças, boca seca, pele irregular, sede excessiva e pontas dos dedos rachados.

Conheça agora os benefícios dos Ácidos Graxos Essenciais

1 – Ajudam a melhorar a saúde do coração

De acordo com estudos da Universidade  de Harvard (EUA), os ácidos graxos essenciais são bem conhecidos por seu papel na prevenção de doenças cardíacas, reduzindo os fatores de risco e mantendo o coração saudável e forte. Os pesquisadores descobriram também que uma maior ingestão de ácidos graxos essenciais tem sido associada a um risco reduzido de doenças cardíacas.

O ômega-3, em particular, reduziu os triglicerídeos, a pressão sanguínea e o acúmulo de placas nas artérias.

Estudos da Universidade de Medicina do Japão, mostraram que os ácidos graxos ômega-6 também podem reduzir alguns fatores de risco para doenças cardíacas, como pressão sanguínea, colesterol total e mau colesterol LDL.

2 – Podem proteger o cérebro

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Algumas pesquisas promissoras descobriram uma ligação entre a ingestão de ácidos graxos essenciais e a saúde do cérebro, mostrando que isso pode ajudar a melhorar a cognição e até mesmo prevenir certos distúrbios neurológicos.

Vários estudos do Hospital de Baltimore, (EUA),  descobriram que o consumo de ácidos graxos ômega-3 está ligado a uma diminuição do risco de declínio cognitivo e doença de Alzheimer.

Um estudo publicado no “American Journal of Preventative Medicine” descobriu que uma maior ingestão de peixe, ricos em ácidos graxos ômega-3, está associada a mais massa cinzenta no cérebro. Este é um tipo de tecido cerebral envolvido na formação da memória, percepção sensorial e tomada de decisões.

3 – São coadjuvantes na luta contra depressão

Além de ajudar a manter o cérebro saudável, os ácidos graxos essenciais também podem melhorar a saúde mental.

Foram analisados 19 estudos sobre os efeitos dos ácidos graxos ômega 3 na depressão e os resultados mostraram que a suplementação com essa substância foi eficaz no tratamento de sintomas de depressão. Esses estudos foram feitos pela Universidade de Catania, Itália.

E mais: de acordo com estudos do Departamento de Psiquiatria da Universidade de Harvard (EUA), os ácidos graxos ômega-3 também podem ajudar no tratamento de outros problemas de saúde mental, como transtorno bipolar e ansiedade.

4 – Podem aliviar a inflamação

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A inflamação é uma resposta imune normal do corpo para ajudar a proteger o organismo contra infecções. No entanto, de acordo com pesquisas da Universidade de Miami (EUA), as inflamações crônicas têm sido associadas a uma série de problemas como doenças cardíacas, câncer e problemas autoimunes.

A boa notícia é que pesquisas mostram que os ácidos graxos ômega-3 podem ajudar a reduzir a inflamação prejudicial.

Um estudo publicado no “New England Journal of Medicine” descobriu que tomar ácidos graxos ômega 3 por seis semanas ajudou a diminuir os níveis de vários marcadores de inflamação no sangue.

Outro estudo, feito no Centro Médico da Universidade de Pittsburgh, comparou os efeitos do ibuprofeno, um medicamento anti-inflamatório, com a suplementação de ácidos graxos ômega-3. O resultado mostrou que eles eram comparáveis em sua capacidade de reduzir a dor e a inflamação.

Os ácidos graxos essenciais podem ser especialmente úteis no tratamento de condições causadas por inflamações como asma, artrite reumatoide e doença inflamatória intestinal.

5 – Podem reduzir a dor nas articulações

A artrite é uma doença articular que pode causar dor, rigidez e inchaço. Ela pode afetar qualquer pessoa, independentemente da idade ou sexo, mas é mais comum em idosos.

Ácidos graxos essenciais foram usados para ajudar no tratamento da artrite, aliviando a dor nas articulações.

Em um estudo da Universidade de Medicina de Glasgow, Escócia, 40 pacientes com artrite reumatoide receberam ou óleo de prímula ou placebo por seis meses. O óleo de prímula contém ácido gama-linolênico, um ácido graxo que é feito de ácido linoleico no corpo.

Em comparação com o grupo placebo, aqueles que receberam óleo de prímula tiveram reduções significativas na dor, rigidez matinal e sensibilidade articular.

Em outro estudo, conduzido pela Arthritis and Metabolic Bone Disease Research Unit na Bélgica, os participantes com artrite reumatoide foram suplementados com ácidos graxos ômega-3 por um ano, o que reduziu a dor nas articulações e o uso de medicação contra a artrite.  

E como obter os ácidos graxos essenciais?

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O ômega 3 pode ser encontrado em bons suplementos ou alimentos. A vantagem dos suplementos é que eles são práticos e seguros.

Por exemplo: sabemos que muitos peixes de águas profundas são fonte de ômega 3. Entretanto, é preciso ingerir uma quantidade muito grande deste alimento para conseguir todos os benefícios do ômega 3.

Além disso, os peixes precisam ser preparados para consumo e alguns podem estar contaminados com metais pesados que são despejados nos oceanos.

Os bons suplementos são livres de metais tóxicos e contém a quantidade ideal de EPA e DHA que você precisa por dia.

Além disso, é muito fácil incorporá-los na dieta: basta tomar as cápsulas com água!

Se optar por alimentos, boas fontes de ácidos graxos são: peixes gordos de mares gelados como anchova, atum, sardinha, arenque e salmão (selvagens).

Mas se você não quiser optar por peixes, existem suplementos prensados a frio de  sementes de linhaça e chia.

Já alimentos como tofu, nozes, couve-flor e brócolis, também contém ômega 3, porém em uma quantidade bem menor do que a necessária para uma ingestão diária .

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