Óleo de peixe: um poderoso anti-inflamatório natural

Os benefícios do consumo de peixes gordurosos já são estudados em todo o mundo, a gordura poli-insaturada e rica em ômega 3 contida nos peixes de mares profundos e gelados, como o salmão selvagem, o atum, a anchova, a sardinha e o arenque, associada a uma dieta equilibrada e bons hábitos de vida, promovem saúde e nutrição integrais em pessoas de todas as idades.
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Os benefícios do consumo de peixes de águas frias (não criados em cativeiro) já são estudados em todo o mundo, a gordura poli-insaturada e rica em ômega 3 contida nos peixes de mares profundos e gelados, como o salmão selvagem, o atum, a anchova, a sardinha e o arenque, associada a uma dieta equilibrada e bons hábitos de vida, promovem saúde e nutrição integrais em pessoas de todas as idades.

O ômega 3 presente na gordura dos peixes de mares profundos e gelados é o que os mantêm saudáveis e que os fazem suportar viver e nadar em temperaturas abaixo de zero. Ele origina-se a partir de uma alimentação composta por diferentes espécies de algas marinhas, que são as primeiras fontes de ômega 3 da cadeia alimentar, tanto é que, atualmente, além do óleo de peixe em cápsulas, já é possível encontrar suplementos de ômega 3 feito com algas marinhas, sabia?

O ômega 3 contido no óleo de peixe, carregado de ácidos graxos essenciais, oferece diferentes benefícios nutricionais para os seres humanos, os primeiros estudos feitos para identificar tais vantagens foram realizados junto aos povos esquimós, que tinham uma alimentação rica neste tipo de gordura e apresentavam baixíssimos índices de problemas cardíacos e de outras doenças comuns em outras regiões do mundo.

Os principais benefícios para a saúde humana percebidos através das pesquisas sobre o ômega 3 proveniente da gordura de peixes estão relacionados a dois tipos de ácidos graxos essenciais encontrados em sua composição – o DHA (ácido docosahexaenoico) e o EPA (ácido eicosapentaenoico). Cada um desses ácidos graxos essenciais atua em diferentes áreas do nosso organismo, sendo o DHA mais ligado à saúde cerebral e neurológica e o EPA mais relacionado à saúde cardiovascular, porém, ambos atuam em conjunto para a manutenção geral da saúde; muitos estudos ainda estão em andamento para conhecer mais especificamente as particularidades e funções de cada um desses ácidos graxos essenciais, mas de modo geral, já está comprovada a sua ação conjunta para  auxiliar no processo anti-inflamatório, antitrombogênico e antiarrítmico no nosso corpo.

Quanto ao auxílio do óleo de peixe acerca dos processos anti-inflamatórios, por exemplo, pesquisas conduzidas pelo Dr. William L. Smith e apresentadas em abril de 2006 em San Francisco, como parte do programa científico da Sociedade Americana de Bioquímica e Biologia Molecular (ASBMB), constataram que o óleo de peixe reduziu significativamente a produção e os efeitos de várias prostaglandinas, que são elementos naturais similares a hormônios que podem aumentar a inflamação e a trombose em indivíduos.

Dr. Smith verificou que poucas prostaglandinas são produzidas a partir dos ácidos graxos ômega 3 quando comparados a outra classe de ácidos graxos no organismo, como a família de ácidos graxos ômega 6 que se origina de vegetais folhosos e outras plantas. Segundo Dr. Smith, os ácidos graxos ômega 3 competem com os ácidos graxos ômega 6 pelo mesmo local de ligação na enzima COX 1, responsável por converter os ácidos graxos ômega 6 em prostaglandinas, sendo assim, quanto mais ácidos graxos ômega 3 presentes para bloquear os locais de ligação, menos ácidos graxos ômega 6 são capazes de se converterem em prostaglandinas.

Para o Dr. Smith, apesar dos ácidos graxos ômega 3 também serem convertidos em prostaglandinas, as prostaglandinas formadas a partir do ômega 3 são geralmente de 2 a 50 vezes menos ativas do que aquelas formadas a partir do ômega 6. Todos estes fatores podem explicar o grande poder anti-inflamatório verificado com o consumo do óleo de peixe.

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Hoje, a maioria das pessoas estão consumindo ácidos graxos ômega 6 em excesso, enquanto o consumo de alimentos ricos em ômega 3 é mais baixo que nunca. O ômega 6 em excesso auxilia nos processos inflamatórios, enquanto o ômega 3 tem ação anti-inflamatória. É importantíssimo haver um equilíbrio entre ômega 3 e 6!

O professor Roberto Carlos Burini, chefe do Centro de Metabolismo e Nutrição da Faculdade de Medicina (FM) da UNESP, campus de Botucatu, também endossa os poderes anti-inflamatórios conferidos ao ômega 3. Ele afirma que “O ômega 3 colabora em 50% na redução de doenças do coração e também auxilia em 40% na redução da inflamação”. Pesquisas feitas com pacientes portadores de retocolite ulcerativa, pênfigo foliáceo – fogo selvagem – e artrite reumatoide, foram a base para o desenvolvimento de teses defendidas na Faculdade de Medicina da UNESP, tais teses demonstraram que os efeitos biológicos do ômega 3 são caracterizados pela diminuição dos níveis de colesterol e, principalmente, de triglicérides; contatou-se ainda a diminuição da coagulação sangüínea, devido a menor adesividade plaquetária e uma melhoria do revestimento dos vasos sangüíneos, além da produção de compostos anti-inflamatórios.

Certos tipos de peixes, ricos em ômega 3, ajudam o organismo a aproveitar os benefícios desse ácido graxo e incluí-los na sua alimentação só trará benefícios. O óleo de peixe  tem demonstrado uma variedade de efeitos benéficos em diversas doenças inflamatórias, “Cerca de 30g de peixe por dia equivalem a 4g de ômega 3, uma quantidade que já traz muitos benefícios “, diz o docente Roberto Carlos Burini.

Com tantas evidências já apresentadas, fica claro que a busca por uma nutrição integral deverá englobar o consumo de peixes gordurosos ricos em ômega 3. Estudos comprovam que para manter o equilíbrio metabólico, é aconselhável a todo ser humano o consumo diário de 250 mg de Ômega 3.

Você sabe se o seu consumo de ômega 3 é suficiente para beneficiar a sua saúde? Para tirar qualquer dúvida quanto a este assunto, é interessante pesquisar e buscar auxílio de um nutricionista ou de um médico nutrólogo, eles poderão te orientar acerca de uma dieta equilibrada e a necessidade ou não de suplementação com cápsulas de óleo de peixe.

Ao escolher um suplemento de Ômega 3, busque por uma empresa idônea, responsável e transparente e atente-se sempre ao rótulo! Cuidado ao optar por um produto barato e de baixa concentração de EPA e DHA, pois para fazer efeito terá de usar uma quantidade maior (além de correr o risco de contaminação por metais pesados e pesticidas)  e seu preço ficará mais caro do que um outro produto com maior concentração, que proporciona o efeito desejado com um número menor de cápsulas.

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Informação é Vital!

Fonte:
http://www.jbc.org/content/282/31/22254.short
http://eventosunioeste.unioeste.br/images/cosimp/anais/pages/artigos/13622.pdf
http://vitalblog-dev.actionlabs.com.br//razoes-para-ingerir-oleo-de-peixe-seu-corpo-vai-te-agradecer/

Wada, M., DeLong, C. J., Hong, Y. H., Rieke, C. J., Song, I., Sidhu, R. S., … Smith, W. L. (2007). Enzymes and Receptors of Prostaglandin Pathways with Arachidonic Acid-derivedVersusEicosapentaenoic Acid-derived Substrates and Products. Journal of Biological Chemistry, 282(31), 22254–22266.

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