Ômega 3: saiba porque ele é bom para o cérebro!

As estatísticas mostram que a longevidade está aumentando em todos os países do mundo. Esta é uma boa notícia, mas que traz uma preocupação: não adianta viver mais, é preciso também viver melhor. Isso já é possível graças aos avanços da medicina e da mudança do estilo de vida dos idosos que estão mais conscientes da prática de exercícios físicos e de uma boa alimentação. E com a idade, um dos principais cuidados deve ser com o cérebro, uma vez que existem várias doenças ligadas a idade, principalmente o Mal de Parkinson e o Alzheimer.
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As estatísticas mostram que a longevidade está aumentando em todos os países do mundo. Esta é uma boa notícia, mas que traz uma preocupação: não adianta viver mais, é preciso também viver melhor.

Isso já é possível graças aos avanços da medicina e da mudança do estilo de vida dos idosos que estão mais conscientes da prática de exercícios físicos e de uma boa alimentação.

E com a idade, um dos principais cuidados deve ser com o cérebro, uma vez que existem várias doenças ligadas a idade, principalmente o Mal de Parkinson e o Alzheimer.

Mas o que fazer?

A boa notícia é que a ingestão do ômega 3 pode melhorar as funções cerebrais e ajudar no combate a doenças como demência, ansiedade e depressão.

Mas não são apenas os idosos que podem ser beneficiados por esse ácido graxo. Crianças e adolescentes com TDHA (Transtorno de Déficit de Atenção) também podem ter uma melhora no comportamento.

Mas como o ômega 3 atua no cérebro?

O cérebro contém mais de 100 bilhões de células, e os ácidos graxos ômega 3 são os blocos de construção delas. A importância do consumo, é que o ômega 3 não é produzido pelo corpo.  Ele contém três ácidos graxos essenciais: ALA (Ácido alfa-linolênico) EPA (ácido eicosapentaenoico) e o DHA (ácido docosaexaenoico).

O EPA e o DHA são particularmente importantes para a manutenção da função cerebral. Estas gorduras promovem a formação de novas células cerebrais, auxiliam na produção das membranas celulares e aumentam sua fluidez. Com isso, o cérebro fica mais apto a receber e processar novas informações.

Conheça agora os principais benefícios do ômega 3 para o cérebro

1 – Ajuda a combater o Mal de Alzheimer

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Por vários anos o ômega 3 e a relação com a doença de Alzheimer foram estudados com resultados consistentes.

Os ácidos graxos essenciais vitais para o funcionamento do cérebro, encontrados no ômega 3, podem retardar o declínio cognitivo e também ajudar a prevenir a atrofia cerebral em idosos.

Um estudo publicado no “FASEB Journal” analisou os efeitos na saúde da suplementação dietética de quatro a 17 meses com ácidos graxos ômega 3 e antioxidantes.

As descobertas confirmam o potencial do ômega 3 para ajudar a combater o declínio cognitivo e a doença de Alzheimer.

Outro estudo, realizado por pesquisadores do Hospital de Rhode Island (EUA), examinou a relação entre a suplementação de ômega 3 e indicadores de declínio cognitivo.

Os pacientes eram idosos: 229 indivíduos cognitivamente normais, 397 pacientes com comprometimento cognitivo leve e 193 pacientes com doença de Alzheimer.

Eles foram avaliados com testes neuropsicológicos e ressonância magnética cerebral a cada seis meses, enquanto tomavam suplementos.

O estudo descobriu que os idosos que tomaram ômega 3 (que ainda não desenvolveram o Alzheimer e não tinham fator de risco genético para o desenvolvimento do Alzheimer) experimentaram significativamente menos declínio cognitivo e encolhimento cerebral do que os adultos que não tomaram a substância.

2 – Podem prevenir a demência e ajudar contra o Mal de Parkinson

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Estudos dos Centro de Memória e Saúde do Cérebro, “LifeBridge Health Brain & Spine Institute”, do Sinai Hospital de Baltimore, demonstraram que os ácidos graxos ômega 3 podem ter propriedades neuroprotetoras contra a demência.  

Além disso, níveis adequados de DHA (ácido docosaexaenoico) podem melhorar a memória e proteger os idosos contra o declínio mental relacionado com a idade. A ingestão elevada de DHA também está associada a um risco reduzido de neuroinflamação, degeneração macular, acidente vascular cerebral e Mal de Parkinson.

3 – Ansiedade

O “European Journal of Neuroscience” publicou um estudo mostrando que o ômega 3 reverteu todas as mudanças de comportamento semelhantes à ansiedade e à depressão induzidas em ratos.

Este é um estudo interessante porque enfatiza a importância da suplementação em “períodos críticos de desenvolvimento do cérebro”.  É por isso que é recomendado dar ômega 3 para as crianças desde cedo para que elas não desenvolvam ansiedade ou depressão mais tarde na vida adulta.

4 – Depressão

Já vimos que o ômega 3 pode ajudar com sintomas semelhantes aos da depressão em ratos, mas e nas pessoas?

Um estudo publicado na revista “Nutritional Neuroscience” avaliou os efeitos da suplementação com ômega 3 sobre as concentrações de metabólitos pré-frontais em adolescentes com transtorno depressivo maior.

Os pesquisadores descobriram que houve uma redução de 40% nos sintomas do transtorno depressivo maior, além de melhorias no conteúdo de aminoácidos e nutrição no cérebro, especificamente, no córtex pré-frontal dorsolateral direito.

5 – TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade)

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Muitos membros da comunidade médica acreditam que níveis insuficientes de ácidos graxos ômega 3 podem contribuir para os sintomas de TDAH e problemas de desenvolvimento relacionados, bem como muitos outros problemas de saúde mental ao longo da vida.

Um estudo da Universidade de Sri Lanka  foi feito com crianças de 6 a 12 anos de idade com TDAH. Elas que estavam sendo tratadas com metilfenidato e terapia comportamental padrão por mais de seis meses.

Os pais dessas crianças não relataram melhora no comportamento e aprendizado acadêmico usando esses tratamentos padrão.

Os pesquisadores deram aleatoriamente algumas das crianças uma suplementação de ácido ômega-3 e ômega-6 ou um placebo. Eles encontraram “melhoria estatisticamente significativa” para o grupo ômega nas seguintes categorias: inquietação, agressividade, conclusão do trabalho e desempenho acadêmico.

E como ingerir o ômega 3?

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Você pode ingerir suplementos, mas atenção – tenha a certeza de que, no caso do o óleo de peixe, ele seja livre de metais tóxicos, certo?  Se o ômega 3 for de origem vegetal, certifique-se de que ele foi prensado a frio!

E mais: ao escolher um suplemento, busque por uma empresa idônea, responsável e transparente e atente-se sempre ao rótulo!

O ideal é optar por produtos com alta concentração de EPA e DHA que possam suprir o mínimo da concentração diária recomendada para sua saúde. Estes ativos devem ser obtidos através de bons suplementos, pois somente eles poderão proporcionar benefícios para seu corpo.

Finalizando, desconfie de produtos com preços muito abaixo do mercado: geralmente eles contêm uma quantidade insuficiente de EPA e DHA, (abaixo do recomendado para suas necessidades) e podem não ser isentos de metais tóxicos. Isso compromete os resultados que um bom suplemento traria para sua saúde.

Se preferir ingerir ômega 3 através de alimentos, tome cuidado pois muitos deles podem estar contaminados por metais pesados. São eles: peixes de águas frias e profundas, como anchova, salmão selvagem, atum, sardinha e arenque.  

Outros alimentos com ômega 3 incluem nozes, sementes de chia e linhaça.

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Referências:
Fiala, M., Halder, R. C., Sagong, B., Ross, O., Sayre, J., Porter, V., & Bredesen, D. E. (2015). ω-3 Supplementation increases amyloid-β phagocytosis and resolvin D1 in patients with minor cognitive impairment. The FASEB Journal, 29(7), 2681–2689.
Daiello, L. A., Gongvatana, A., Dunsiger, S., Cohen, R. A., & Ott, B. R. (2015). Association of fish oil supplement use with preservation of brain volume and cognitive function. Alzheimer’s & Dementia, 11(2), 226–235.
Fotuhi, M., Mohassel, P., & Yaffe, K. (2009). Fish consumption, long-chain omega-3 fatty acids and risk of cognitive decline or Alzheimer disease: a complex association. Nature Reviews Neurology, 5(3), 140–152.
McNamara, R. K., Jandacek, R., Rider, T., Tso, P., Chu, W.-J., Weber, W. A., … DelBello, M. P. (2016). Effects of fish oil supplementation on prefrontal metabolite concentrations in adolescents with major depressive disorder: A preliminary 1H MRS study. Nutritional Neuroscience, 19(4), 145–155.
Perera, H., Jeewandara, K. C., Seneviratne, S., & Guruge, C. (2012). Combined ω3 and ω6 Supplementation in Children With Attention-Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD) Refractory to Methylphenidate Treatment. Journal of Child Neurology, 27(6), 747–753.

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