Alimentação x envelhecimento, qual a relação entre eles?
“Coma bastante para ficar forte e saudável’’. Você, certamente, já ouviu essa máxima em algum momento da sua vida. Pois saiba que apesar de bem intencionada, essa “dica” não é assim tão verdadeira não.
O “New England Journal of Medicine”, a revista médica de maior circulação, publicou estudo recente que diz exatamente o contrário.
Já na década de 1930, ficou claro que camundongos mantidos em regime de restrição calórica apresentavam maior longevidade e tinham menos doenças associadas ao envelhecimento.
Anos depois, foi realizado estudo mais detalhado com três grupos de ratos: o primeiro alimentado sem restrição de quantidade (ad libitum); o segundo, com redução de 30% no número de calorias ingeridas em relação ao anterior, e o terceiro, com um corte de 60%.
Morreram antes os “ad libitum”, depois os que comeram 30% menos e mais tarde, ainda, o grupo com restrição de 60% (fala-se em reduzir a porção de comida, mas sem déficit de nutrientes).
É de se espantar, não é?
Não só a quantidade importa, mas, principalmente, a qualidade do que você ingere.
Você já parou para pensar que aquilo que você come hoje pode afetar a sua saúde lá na frente?
E sim, é preciso pensar no futuro: segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em todo o mundo, a faixa etária dos 60 anos cresce mais do que qualquer outra.
Para o IBGE, (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a expectativa de vida do Brasileiro já passa dos 75 anos.
E pode acreditar: uma das principais receitas para uma vida longa (e saudável) é manter uma alimentação adequada e balanceada.
A alimentação tem tudo a ver com o surgimento (ou a prevenção) de problemas de saúde como obesidade, colesterol alto, hipertensão e diabetes, e outros tipos de distúrbios hormonais, além de melhorar a circulação, combater a depressão, a ansiedade e a insônia.
Mas o que devo comer para me manter saudável?
- Invista em alimentos antioxidantes
Se você quer prevenir o envelhecimento precoce (e envelhecer bem) coma alimentos que têm ação antioxidante.
Eles são essenciais para a defesa das células e contribuem para a eliminação de radicais livres.
Os radicais livres podem causar doenças degenerativas e morte celular e são formados por processos metabólicos ou pela exposição a fatores ambientais, como a poluição, o álcool e o consumo excessivo de gorduras saturadas.
Alguns alimentos antioxidantes são:
- Açafrão (ou cúrcuma)
- Aveia
- Azeite de Oliva
- Chá de cavalinha, centelha asiática e dente-de-leão
- Frutas cítricas (Limão, lima-da-pérsia, laranja e goiaba contêm a poderosa vitamina C)
- Frutas vermelhas (morango e uvas vermelhas e roxas)
- Linhaça
- Mamão e abacaxi
- Melão
- Óleo de gergelim
- Peixes (salmão, atum, sardinha e arenque)
- Pepino
- Sálvia
- Semente de abóbora
- Suco de uva integral
Pode acrescentar à essa lista também: amêndoa, castanha-do-pará, cereais integrais, nozes e frutos secos.
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Consuma alimentos com efeito anti-inflamatório
Alimentos com ação anti-inflamatória, como o alho e o alecrim, diminuem alguns possíveis desequilíbrios que acontecem em nosso organismo.
Eles ajudam a evitar o surgimento de algumas doenças crônicas como diabetes, obesidade e doenças cardiovasculares.
Além do alho e do alecrim, o ômega-3 também é um anti-inflamatório com capacidade de reduzir as doenças do coração e melhorar a memória. Ele é encontrado em peixes como salmão e sardinha, e em sementes como chia e linhaça.
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Cuide da saúde dos ossos
A osteoporose afeta 200 milhões de pessoas no mundo, 10 milhões só no Brasil, revela pesquisa intitulada The burden of osteoporosis in four Latin American countries: Brazil, Mexico, Colombia, and Argentina, publicado recentemente na revista científica Journal of Medical Economics.
Para fortalecer os ossos, é fundamental a correta ingestão de vitamina D e de cálcio.
O sol é responsável por 80 a 90% de toda a vitamina D, mas salmão, atum e sardinha também são ricos em vitamina D. O cálcio é encontrado em queijos, leite e iogurte e, também, em vegetais de cor verde escuro, como brócolis e espinafre.
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Coma proteínas
A deficiência de proteínas pode gerar perda muscular, sensação de fraqueza e dificuldade para realizar atividades do dia a dia.
Você encontra proteínas principalmente em carnes magras, ovos, grão de bico e alimentos lácteos.
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Mantenha-se hidratado
Sem a ingestão adequada de água, nada no nosso organismo funciona de maneira correta. A hidratação auxilia todos os processos fisiológicos do nosso organismo. Ela realiza o transporte de nutrientes às células, limpa o corpo das substâncias tóxicas, auxilia na digestão, previne câimbras, protege o coração, melhora o funcionamento do intestino, aumenta a resistência física, regula a temperatura e controla a pressão sanguínea. Beba, diariamente, de 1,5 a 2 litros de água.
E você, já se preocupa com a sua alimentação e envelhecimento saudável?
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2 comentários em “Alimentação x envelhecimento, qual a relação?”
Muito bom
Ótimo texto. Vale a pena a leitura.
Obrigado por compartilhar estas informações.